Vacinação deve fazer parte do planejamento da gravidez
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- 15 de set. de 2015
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A decisão de engravidar traz mudanças na vida de toda mulher e é preciso preparar a mente e o corpo para um passo tão importante. Um tópico que não pode ficar de fora do planejamento de gravidez é a vacinação. Este cuidado faz parte da preparação, assim como os exames médicos, atenção psicológica, nutrição, ingestão de vitaminas, controle do peso corporal e a prática de exercícios físicos.
Os anticorpos, as células de defesa da mãe, são transferidos ao feto durante a gestação e, após o nascimento, eles chegam ao bebê por meio da amamentação. Assim, mesmo sem ter tomado injeções, o bebê estará protegido contra algumas doenças nos primeiros meses de vida, quando a mãe tomou as vacinas necessárias. Apesar de o ideal ser se vacinar antes de engravidar, as imunizações também podem acontecer durante a gestação e no período imediatamente posterior ao parto.
Atualmente, a maior parte das vacinas recomendadas para as futuras mamães está disponível no SUS, por isso não há razão para se descuidar. Veja algumas doenças que podem ser prevenidas antes e durante a gestação e os riscos que elas oferecem aos bebês:
Coqueluche – conhecida como “tosse comprida”, a coqueluche é uma doença bastante grave entre os bebês no primeiro ano de vida, com risco de hospitalização e até mesmo de morte.
Em mais de 50% dos casos, os pais e outros familiares foram a principal fonte de transmissão da infecção. É recomendada a vacina tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa), que proporciona imunidade contra difteria, tétano e coqueluche.
Rubéola – Doença infecto-contagiosa representada pela ocorrência da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) que atinge o feto ou o recém-nascido cujas mães se infectaram durante a gestação. A infecção na gravidez acarreta inúmeras complicações para a mãe e para os recém-nascidos, como malformações congênitas (surdez, malformações cardíacas, lesões oculares e outras). A vacinação contra a rubéola é a única medida preventiva e segura.
Gripe – a vacina antes da gestação é essencial, pois as complicações da gripe podem ser mais graves durante este período. Em 2015, o Brasil deu mais um passo importante no avanço ao combate da gripe com a aprovação da vacina tetravalente do país, capaz de proteger contra quatro cepas do vírus influenza, dois do tipo A e dois do tipo B.
Hepatite B – a proteção é indicada, pois caso a mulher contraia o vírus durante a gravidez, a situação se complica, pois a transmissão para o bebê pode ocorrer durante a gestação ou, principalmente, no momento do parto. Em recém-nascidos, as chances de a hepatite B evoluir para uma hepatite crônica é de 90%, de acordo com o Ministério da Saúde, por isso os bebês recebem a primeira dose contra hepatite B logo após nascerem.
Vale lembrar que todas as vacinas devem ser tomadas somente após avaliação e recomendação médica adequada, com o objetivo de preservar a boa saúde da mãe e do bebê. Clínicas particulares também oferecem as vacinas, com preços que variam de R$ 100 a R$ 400.
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